sábado, 20 de novembro de 2010

Ta réponse

Quase me perco em meio a tantos hipérbatos. Agora, ao ponto, a existência de uma energia é inegável por conta da própria ciência. Ela mesma diz que foi tudo em razão da energia. A questão é se essa energia tem o poder de tomar alguma decisão. Mesmo que receba nomes e méritos, não é um ser racional. Nem é um ser, aliás. É energia. Era só o que me faltava, culparem-na por qualquer desgraça que nos aconteça. Não acredito que rezar para energias faça algum efeito. Não acredito, igualmente, que Deus e Alá designem tal energia, visto que são tomadores de decisões. Talvez, eu disse, talvez, exista algo superior, capaz de fazer escolhas, voluntária ou involuntariamente. Porém, sou mais favorável ao equilíbrio natural das coisas todas.

Já pensei o seguinte: existe um nível de equilíbro no mundo. Em relação a tudo. Exemplo, pra cada pessoa que fica feliz, uma fica triste. Pra cada coisa boa, acontece uma coisa ruim. Mas não necessariamente nessa proporção, de 1:1. Pode ser de 1:k, onde 0 < k < ... Não tem símbolo de infinito no teclado. De modo que k é inversamente proporcional ao nivel de desenvolvimento. No mundo perfeito, onde ele é máximo, k seria 0. Acho que a matematização é indevida. O que importa é que, quanto mais alto esse nível de equilíbrio, melhor. E ele é caoticamente variável, portanto indeterminável. E não se aplica estritamente ao mundo de uma forma geral, mas também a cada um. Para cada habilidade adquirida se perde alguma. Melhora de um lado, piora do outro. Só evoluimos como pessoa, melhoramos nossas vida se conseguirmos manter k<1. É claro que o nível de equilíbrio varia de pessoa para pessoa, de quesito para quesito.

Se a Grande Energia existe, não sabe administrar. Nem aquilo que ela própria criou. Pode ser que seja difícil para ela, já que são, provavelmente, muitos planetas com vida que espalhou pelo universo, e agora não consegue lidar com tanto. Enquanto isso, nos manda tempestades que nada mais fazem que encantar bobalhões. Quem sabe os problemas no planeta PDSJ27456T9W são muito mais graves que os nossos e necessitam de atenção especial. Aproveitanto o embalo nessa história de energia, convoco todos a rezarem para a Energia elétrica dos aparelhos domésticos não se dissiparem em forma de energia térmica, ou sonora, a fim de aumentarmos seu rendimento. Se rezam para a Energia criadora do universo, as outras pouco irão se importar em obedecer nossas preces.

Diminua a conta de luz rezando para a energia você também!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

R.S.V.P.

Adoro uma crítica construtiva. É como um tapa na cara de um escritor maSoquista. Se é que posso me chamar de escritor, que de um mero blogueiro ocasional não passo. Mas rude pelo menos não sou, e rude não sendo não posso deixar de responder meu amigo Caio, meu parceiro "escritor" e, provavelmente, meu único leitor, quiçá fã. Mantenho, Caio, minha fé na personificação. Você mesmo, sendo o ateu que é, tem de concordar que apesar de todos os fatos que a ciência a nós proporciona, é inegável a existência de uma energia, aquela que gerou a "criação de matéria" e/ou a "explosão da singularidade". É à ela que rezam bilhões de pessoas, dirigindo-se uns à ela como "Deus", outros como "Alá". Eu me mantenho crendo que ela é a Natureza. A Mãe Natureza, que tendo criado Tudo, Tudo pode destruir.

É a nova moda, a ECO religião. =P

T.C.O., 7º da série

(continuação do anterior) Mãe essa irresponsável. Ou mazoquista. Mãe de certos filhos mal agradecidos, que com ela nada se importam. Se tais advertências funcionassem, não teríamos chegado a tal estágio de destruição. Por que elas foram dadas. Não acho que, hoje em dia, façam efeito. Em resposta, podemos desmatar todas as florestas, extinguir todas as espécies e pronto: liquidamos com a mãe natureza. Lembrando, inclusive, de poluir todos os mares e rios, de modo que uma revolução de peixes não estrague nosso plano maligno. Resumindo, podemos matar nossa mãe, mesmo que morramos junto. Aliás, fujamos para a lua. Ou para marte. E deixemos para trás as toxinas que, aos poucos, consumirão a vida restante do planeta. Portanto, mãe natureza, não nos venha com sermões e cala-bocas porque furacões e terremotos já não são pário para nós.

É evidente que não concordo com nada que escrevi logo acima. Como todo bom apreciador da natureza, contemplo, assim como o Gabriel, suas forças, embora discorde de sua personificação. Ora, natureza é o nome que designa o conjunto das coisas não produzidas pelo homem, incapaz de qualquer decisão. Não diria mãe de nada, mas fruto.

Acho que, por agora, me sentiria mais à vontade escrevendo poesia. Sinto, não sei por que (junto? acento?), necessidade de repetições, neologismos. Pena que não existe licensa prosaica. Se existe não é difundida. Nem conceituada como a poética. Como se trata, aqui, de algo mais particular que uma maldita dissertação de vestibular, posso pensar em tomar tais liberdades. Seria mais simples se, simplismente, abrisse mao de acentos e sinais graficos, que nao comprometem o entendimento da mensagem e, de bonus, tornam a escrita mais agradavel e menos trabalhosa: puro lucro. Mas não me sinto à vontade.

Partirei, meintenante, para aprender a viver. A aula de cavaquinho é às seis, e a de piano, às 7. Zeugma.