segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

What I want


I want to be nature. I want to be a plant. Better yet, I want to be a leaf. In the millions of leafs my tree has. I want to swing in the wind and depend on a branch. I want my nurture to come straight from the earth. I don’t want to need anything apart from light and water. I want to be green and insignificant. I want to be small and part of a whole. I want to make shadow for the ones in the sun and shelter for the ones in the rain. But I don’t want anyone to thank me. I want to be taken for granted. I want to be uprooted and torn apart by evil children, if they wish so. I want to be whatever is needed, even if that means to just be a nice landscape for someone like me. I want to be a leaf on a tree in a garden. I don’t want to be noticed, just looked at every once in a while. I want to turn yellow and fall when autumn comes. And I want another leaf to grow where I once stood after I am dry and lost on some pathway made of stone.

Gabriel Abreu 

Mostarda

A máquina em que escrevo agora não aceita bem minhas ideias. Pra que me obedeça tenho que bater com força em suas teclas senão as palavras não saem dela, como se de quando em quando ela descordasse do que tenho a dizer. Talvez ela ache que ridícula a ideia de estar sendo utilizada para escrever um texto metalinguístico, afinal seu propósito há de ser maios que a expressão de si mesma. Comprei-a em um mercado de pulgas no centro da cidade em um sábado qualquer. Entre as muitas disponíveis ela tinha o menor preço, além da cor mostarda que me chamou a atenção. Gosto muito de mostarda, a cor, apesar de também gostar do condimento. Essa ultima frase custou a sair, acho que minha máquina sente-se ultrajada. Tiro sua tampa superior para ver o mecanismo em ação: suas molas estão à mostra, seus parafusos descobertos, todas as pequenas engrenagens à vista. Vejo sua fita de tinta velha que ainda não troquei, nela a marca de milhares de palavras que não escrevi, de mensagens que não são minhas, destinatários que não conheço. A fita usada que vos escreve agora carrega a soma de histórias, a atemporalidade de diversas cartas de amor, a incomensurável insignificância de relatórios passados. E carrega também agora, aos poucos, sua autodescrição. Pela fita usada percebo que essa máquina na verdade não se importa em falar de si mesma. A dificuldade no datilografar não é relutância sua, mas apenas o reflexo de sua idade. Ela não se importa que eu a faça falar do que eu quero. Ela não se importa em falar de nada, pois essa maquina não é uma dama de ferro, ela é a ferramenta à qualquer um que precise materializar-se, é uma guerreira antiga.

Gabriel Abreu 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Sobrenome no casamento.

Caros, em princípio gostaria que meu primeiro texto fosse direcionado á Liberdade de Expressão (em especial no Brasil), que é um assunto que muito me interesso, mais até do que o que segue.
Todavia, ainda estou posicionando minhas opiniões e argumentos visando tornar o assunto integralmente.
Assim, me permitirei postá-lo em um momento mais oportuno. Mas este que pretendo escrever é legalzinho também. A questão que trago é a do sobrenome, ou melhor, a alteração deste em decorrência do matrimônio. Acreditem, exite discussão sobre isso, com opiniões bem díspares.
Não há interesse aqui em discutir tradições familiares de cunho meramente pessoal e moral, de quem deve aderir ao sobrenome de quem, se é o cônjuge varão ou a virago. Isso já é pacífico, pela igualdade entre eles, não há preferências, na visão do direito.
Então onde complica? Onde se discute se subtrai, adiciona, substitui o sobrenome etc. Aí existem 3 teorias, ou melhor, correntes: A primeira é mais restrita, a qual segue rigorosamente o que está positivado no artigo 1.565, §1º, Código Civil Brasileiro. Permitindo apenas o "acréscimo" do apelido, sem cogitar a supressão. Ex: João Silva e Maria Soares. Poderia ser tanto Maria Soares Silva, quanto João Silva Soares etc. Já a segunda corrente diz ser possível suprimir um dos patronímicos em detrimento de outro do cônjuge, ou seja, uma substituição, e , neste caso, não seria possível abrir mão do sobrenome em sua integralidade, devendo perpetuar-se ao menos um. EX: Maria Soares Pinto Rocha e João Silva Queiroz, poderia ficar Maria Soares Queiroz, mas nunca Maria Silva Queiroz.
Uma última corrente, mais liberal, permite qualquer alteração do sobrenome, inclusive todo ele (sem permitir a mera supressão, que não faz sentido algum discutir isso no âmbito do direito de família). Ex: No exemplo anterior, poderia neste caso "Maria Silva Queiroz".
Obviamente me filio a última corrente e não acredito que haja um debate sobre isso, espero que vocês concordem comigo e por favor deem suas sinceras opiniões. Aqui vai o motivo de eu acreditar nessa terceira corrente, doravante "Corrente Liberal".
Isso deve ser uma escolha do casal, não há necessidade do direito meter o nariz aqui, só pra criar polêmicas e problemas. O casal deve escolher aquilo que mais os realiza, constituindo sua família de acordo com tradições próprias e convicções pessoas do que é melhor. Ademais, de que importa isso ao direito? Talvez no divórcio, para saber quem fica com o nome de quem? Isso pode ser resolvido sem uma prévia estipulação de como será que os cônjuges devem ajustar seus apelidos.
Então é assim que penso: livre escolha do casal, livre aplicação de escolhas morais, sem intervenção do direito nessa área (salvo é claro, a hipótese de mera supressão do sobrenome. E vocês, "muitos" leitores?? kkk, o que pensam? É muito particular isso, então queria ouvir/ ler. Seguem exatamente como está na lei? Preferem uma faculdade ampla aos pombinhos? Liberdade, porém limitada? Bjoks
PS: não reli porque estou com preguiça, então se não entenderem erros meus posta ai.