quinta-feira, 18 de novembro de 2010

T.C.O., 7º da série

(continuação do anterior) Mãe essa irresponsável. Ou mazoquista. Mãe de certos filhos mal agradecidos, que com ela nada se importam. Se tais advertências funcionassem, não teríamos chegado a tal estágio de destruição. Por que elas foram dadas. Não acho que, hoje em dia, façam efeito. Em resposta, podemos desmatar todas as florestas, extinguir todas as espécies e pronto: liquidamos com a mãe natureza. Lembrando, inclusive, de poluir todos os mares e rios, de modo que uma revolução de peixes não estrague nosso plano maligno. Resumindo, podemos matar nossa mãe, mesmo que morramos junto. Aliás, fujamos para a lua. Ou para marte. E deixemos para trás as toxinas que, aos poucos, consumirão a vida restante do planeta. Portanto, mãe natureza, não nos venha com sermões e cala-bocas porque furacões e terremotos já não são pário para nós.

É evidente que não concordo com nada que escrevi logo acima. Como todo bom apreciador da natureza, contemplo, assim como o Gabriel, suas forças, embora discorde de sua personificação. Ora, natureza é o nome que designa o conjunto das coisas não produzidas pelo homem, incapaz de qualquer decisão. Não diria mãe de nada, mas fruto.

Acho que, por agora, me sentiria mais à vontade escrevendo poesia. Sinto, não sei por que (junto? acento?), necessidade de repetições, neologismos. Pena que não existe licensa prosaica. Se existe não é difundida. Nem conceituada como a poética. Como se trata, aqui, de algo mais particular que uma maldita dissertação de vestibular, posso pensar em tomar tais liberdades. Seria mais simples se, simplismente, abrisse mao de acentos e sinais graficos, que nao comprometem o entendimento da mensagem e, de bonus, tornam a escrita mais agradavel e menos trabalhosa: puro lucro. Mas não me sinto à vontade.

Partirei, meintenante, para aprender a viver. A aula de cavaquinho é às seis, e a de piano, às 7. Zeugma.

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