segunda-feira, 24 de março de 2014

Transporte Carioca/ Brasileiro

Serei sucinto. Nada de direito, apenas um desabafo.
Revoltante o sistema de transporte público do Rio de Janeiro, outro dia estava retornando do centro até o Jardim Botânico, mas, olha que legal, o Metro Rio estava paralisado na hora do RUSH!
Então em meio aquele formigueiro fui pegar um ônibus, superlotado.
Conclusão: 2 horas e 20 minutos neste singelo percurso. Eu poderia ir correndo que chegava antes, aliás, sim, eu saltei no meio e fui andando, porque esse governo cancerígeno não consegue promover um mínimo de transporte público decente. Precário, lixo, que só visa lucro, lucro e lucro, pois com mais motoristas e mais ônibus significa mais gastos, país, ou melhor, colônia de terceiro mundo.
Curiosidade: Na Suécia o imposto sobre sua renda é de 60%, se uma criança fica órfã, o Estado sustenta ela até a maioridade, se há um lugar onde não tem metrô ou ônibus, você completa um vousher e entrega ao motorista de táxi, que cobra do ESTADO!! Entre outras.
Torço para que essa copa seja um fiasco, torço mais para que milhares de Europeus e Americanos fiquem presos em metrôs ou desmontem de tanto ficar em pé no calor do ônibus em meio ao tráfego leproso, para todo mundo cuspir aqui e ver se o Brasil acorda.
Quando eu ver gringos da próxima vez em ponto de ônibus vou dizer: "Corram de volta pra casa, é serio".
Se eu fosse ministro do trasporte, iria desviar a verba toda, fazer mala preta, caixa 2 e iria tudo para o trasporte. Saúde e educação vem depois, porque isso de nada adiante se ninguém chega a lugar algum.

sábado, 8 de março de 2014

Terra

Que terra estranha é essa em que até meus sentimentos são estrangeiros? Em que não falo a língua de meus pensamentos e em que minha própria angústia não me faz sentido? Piso firme em um solo que não entende o meu caminhado, procurando um refúgio onde eu possa descansar sozinho. Tudo é novo e medonho, excitante e desconfortável. Só subo as ladeiras do dia porque à noite sei que exausto irei descê-las. Minhas únicas ladeiras que me fazem sentir saudades de casa. Casa que às vezes até esqueço onde fica. Meu coração então grita perdido no escuro de seu peito. No entanto, para minha sorte começa a chover fino e finalmente me acalmo, pois o cheiro de terra molhada é o mesmo seja ela estranha ou conhecida.
Gabriel Abreu