quarta-feira, 1 de maio de 2013


Adoro saber estar sendo olhado por alguém que não saiba que disso sei. Melhor ainda é quando quem olha é um desconhecido. Podemos então causar a primeira impressão que quisermos. Posso ser um lunático que vagueia sozinho, um galã da vida real ou um artista perturbado que senta no último banco do ônibus. Pouco importa, porque aquele você vai embora assim que quem olha pisca. O problema é quando se quer ser aquela primeira impressão pra sempre, quando ela tem importância. Aí quem tem que se olhar sou eu mesmo, e dessa vez sem que eu saiba. Mas não há motivo pra alarme, porque há sempre uma primeira chance de causar uma segunda impressão.

Gabriel Abreu

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