domingo, 22 de fevereiro de 2009

O carnaval

Como é de costume em todos os feriados, Guarapari. Ninguém dorme com o samba do diabo que rola na avenida. Hora de dormir, não é mais hora de dormir, assim como o cego não é mais cego. Provavelmente ninguém mais se encomoda, estão todos na folia. Dançam, correm, brincam, morrem. Caem. Levantam, e caem. Só eu não caio, mas eu Caio. (aquela piada de quando eu tropeço)

Como é agradável o carnaval. Quando ninguém é de ninguém. Que diferença faz? Quão desagradável é o carnaval, quando sambas demoníacos invadem nossas casas, quando ruas ficam lotadas, quando lojas estão fechadas, quando mundo não é mais mundo. Quando não se pode andar de carro, quando mundo não é mais mundo. Mundo não é mais mundo. Amanhece, estão todos bêbados. Mundo.

Você flutua com uma pena, sua pele me faz chorar. Me desculpo pelos dias sem novidades por minha parte. Tempo. O tempo passa e eu não passo, quando resolvo passar, o tempo já passou. Mais um dia sonolento. Sequências de dias sonolentos resultam em uma tarde bem domida. Bendita seja sexa-feira. Dia de farra? Dia de descansar e dormir tarde. Dia de passar, junto com o tempo. Aliás, passar um pouco mais para compensar aquele tempo que tinha passado.

Um comentário:

Rayza Fontes disse...
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