quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Poesia moderna ruim

Tenho visto poesias
Das mais variadas
Me perturba a ausência
De rimas afiadas
(não como esta)

Me perturba saber
Que qualquer um que seja
Ao dar na telha
Põe qualquer coisa em forma de versos e acha que está fazendo poesia.

Me entristece perceber
Que rimas pobres vão reinar.
Pra que hipérbatos fazer
Se, no final, verbos vão rimar?

Essa coisa de rima
Que passe longe da poesia
Palhaçada desnecessária
Papo de parnasiano...

Se for pra fazer rima pobre
Que façam direito rima pobre
Porque se for pra rimar pobre com pobre
Que seja explícito.

Outro papo furado
É essa história de métrica.
Tem coisa mais tola do que fazer todos os versos com o mesmo
Tamanho?

Não me curvo ao modernismo
Jamais o farei!
Só devo admitir
Que poesia livre
É mais fácil.

E não precisa ficar boa:
Se fizeram "O Gramático"
Que como lixo soa
Vai ser muito mais prático
Pegar essa canoa
Que navega rumo à história
Garantindo glória
A qualquer sujeito
Que, mesmo que sem jeito
Ponha qualquer cousa (se me permitem)
Sobre negros e cavalos
E ainda por cima ousa
Dizer que é poesia!

6 comentários:

Gabriel Abreu disse...

hahaha..ta muito bom..adorei o verso do tamanho!!

Anônimo disse...

Caio, vc não existe cara... Esquece os modernistas... concordo com vc, é mais facil escrever o trexto q eles escrevem, mas qm liga? xD
Vivi

MARIA ISABEL LEMOS disse...

Caio, sou sua fã, adoro o que voce escreve ! Continua assim, adoro ler suas poesias!

Ju.M disse...

GENIAL!

sem mais para o momento!

beeeeeeeeeeeijos!

Anônimo disse...

Adorei, Caio! Estive um tempo sem ler!

Sentirei saudade eterna de você para me confrontar...Mas o melhor é ver você produzir a partir de nossas discussões!


Copiei desavergonhadamente e usarei na sala de aula! Queira você ou não ...

Mil beijos, querido
Dona Fátima

Caio Neves disse...

vou virar sub-celebridade da escola, aeee. pode usar à vontade, não estará fazendo mais do que colher o fruto da semente que plantou.